Uma notícia recente assinada pelo jornalista Luís Fernando, do semanário ‘O País’, merece bem não passar despercebida; No munícpio de Maquela do Zombo, no Uíge, mais precisamente em Kibocolo, crescem em tanques milhares de peixes num projecto pioneiro de piscicultura que resultou do investimento e esforço de um homem.
Mawete João Baptista, natural da localidade e deputado da Assembleia Nacional pelo MPLA, começou com apenas duzentos e oitenta peixes adquiridos a pescadores do distrito de Zambizanga e hoje conta já com 17 tanques, cada um com cerca de dez mil peixes e a previsão de aumentar em breve o número de tanques para o dobro.
À povoação, descreve Luís Fernando, chega-se através de “uma estrada de magnífico asfalto, cheirando a material novo, estendida por 220 Km”. Estrada essa que a ministra angolana das Pescas, Vitória de Barros Neto, percorreu antes da sua visita ao local guiada por Mawete João Baptista e comprovando assim as potencialidades desta unidade de piscicultura.
Este projecto, arrojado e inovador não apenas no cenário daquele que é o tecido produtivo da província do Uíge mas inclusive do próprio país, é um sinal muito positivo de iniciativa privada e um exemplo de empreendedorismo para o sector empresarial angolano.
Recorde-se que nesta área, em Abril passado, foi assinado em Brasília um acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento da piscicultura em Angola. Ao abrigo do convénio, celebrado entre o Instituto de Desenvolvimento de Pesca Artesanal e Aquicultura do ministério das Pescas de Angola e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales de São Francisco e do Paraíba (Codevasp), esta última “contribuirá, durante dois anos, para o desenvolvimento da pesca artesanal e valorização dos recursos pesqueiros em Angola, através, essencialmente, da formação de técnicos angolanos”.